quinta-feira, 28 de junho de 2012

Exportação de veículos pelo Porto de Paranaguá tem alta de 34%

De acordo com o Ipardes, a expansão de crédito tornou o mercado brasileiro atraente diante da recessão dos países que sediam as principais montadoras de veículos do mundo A exportação de veículos pelo Porto de Paranaguá registrou alta de 34% de janeiro a maio deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 36 mil veículos exportados, totalizando uma receita de US$ 450 milhões. Na importação, os índices também apresentaram alta. De janeiro a maio, foram importadas pouco mais de 56 mil unidades, 30% a mais do que a quantidade importada nos primeiros cinco meses de 2011. De acordo com o economista Francisco Castro, do núcleo de macroeconomia e conjuntura do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico (Ipardes), esse vigor do mercado brasileiro de automóveis, que não é de agora, foi impulsionado pela expansão de crédito, tornando-o atraente diante da recessão dos países que sediam as principais montadoras do mundo, além da ascensão das indústrias automotivas chinesas. “Além da competição internacional, o câmbio favorável foi responsável pelo crescimento do mercado brasileiro de automóveis, respondendo em termos relativos ao crescimento da participação da importação de veículos”, explica Castro. Ainda de acordo com o economista, no Paraná, a participação da Nissan, Volkswagen e Renault como as três principais empresas importadoras, demonstra que produtos de origem Argentina e mexicana é reflexo das últimas negociações comerciais entre o Brasil e estes países. No entanto, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o aumento na exportação de veículos pelos portos paranaenses vai na contramão da realidade absoluta do país. Segundo a entidade, as exportações nacionais estão em queda. De janeiro a maio deste ano, o volume de veículos exportado no país foi 12% menor do que o mesmo período do ano passado. Fatores como a competitividade das indústrias brasileiras, a entrada de novos concorrentes no mercado, a retração dos mercados internacionais por conta da crise e as dificuldades atuais em exportar para a Argentina (principal mercado) tem gerado essa queda. Fonte/foto: APPA