domingo, 22 de julho de 2012

Começa a dragagem do Canal da Galheta

Começou na manhã de quarta-feira (18) a dragagem dos pontos críticos do Canal da Galheta. A draga chinesa que fará os trabalhos chegou a Paranaguá na segunda-feira e passou por uma série de vistorias e avaliações dos órgãos fiscalizadores competentes e foi liberada para começar o serviço na noite de ontem. O trabalho será iniciado nas proximidades das bóias 3 e 4, nas imediações da Ilha do Mel. “A dragagem começa a ser feita no que chamamos de Canal da Galheta externo, onde existe uma curva que precisa ser retificada e hoje é a área mais critica, onde o volume a ser dragado é maior”, afirmou o superintendente dos portos paranaenses Luiz Henrique Dividino. Com a dragagem, a profundidade do Canal da Galheta será restabelecida em 15 metros. Hoje, há pontos com 13,10 metros de profundidade. Além de possibilitar a atracação de navios maiores, a dragagem contribui, sobretudo, para a segurança da navegação. Desde 2009 não era realizada a dragagem de manutenção do Canal da Galheta. De acordo com o secretário de infraestrutura e Logística, José Richa Filho, esta já é a segunda obra de dragagem realizada no governo Beto Richa. “Os portos paranaenses sempre foram prioridade no plano de governo. Estamos atendendo às determinações do governador de entregar aos usuários um porto mais eficiente e seguro”, disse. Clima – A draga opera 24 horas por dia com 32 tripulantes, sendo 12 brasileiros. A distância entre a área a ser dragada neste primeiro momento e a área de despejo do material retirado do fundo do canal é de duas horas, aproximadamente. O equipamento fará de cinco a seis viagens por dia. Paradas técnicas estão programadas para abastecimento da draga. No entanto, em condições climáticas adversas, a draga pode ficar impedida de trabalhar. Mas a previsão do Simepar é que o mar deva ficar mais calmo nos próximos dias. Etapas – Após concluída a dragagem do canal externo, o equipamento vai dragar um segundo trecho que fica entre o canal externo e o Porto de Paranaguá e, num terceiro momento, dragará trechos da bacia de evolução. Na segunda fase do projeto, terá início a dragagem do canal de acesso ao Porto de Antonina. A draga utiliza um sistema de dutos que são baixados até o fundo do canal e fazem a sucção do material a ser dragado. Tudo é comportado nos porões da embarcação, que tem uma capacidade de cisterna de 17 mil metros cúbicos. Uma vez cheia, a draga viaja até a área de despejo e abre a cisterna para depositar o material recolhido. Meio ambiente – Paralelamente à dragagem, a Appa está executando um amplo programa de comunicação social e educação ambiental, atendendo à determinação do Ibama, estabelecida na Licença de Instalação (LI nº 834/2011). Comunidades que vivem em áreas que poderão ser impactadas pelo serviço estão recebendo informações de uma equipe multidisciplinar. Durante os trabalhos da draga, não haverá restrições de navegação no canal nem das atividades de pesca. A navegação manterá as restrições existentes na atualidade, nas áreas entre bóias já consideradas pela Marinha, fazendo com que os procedimentos de entrada e saída de navios permaneçam inalterados, apenas obedecendo alguns cuidados adicionais de segurança. O monitoramento ambiental ocorrerá antes, durante e após as atividades, quando serão realizadas análises de controle de qualidade das águas e dos sedimentos, bem como o monitoramento da interferência das operações sobre a vida marinha local, garantindo a qualidade ambiental do empreendimento e demais atividades marítimas. O trabalho foi dividido em dois lotes e compreende a dragagem do Canal da Galheta, partes da bacia de evolução e o acesso ao Porto de Antonina, num total de 3,5 milhões de metros cúbicos a serem dragados. A obra custará R$ 37 milhões e será paga com recursos próprios da Appa. O prazo de execução é de seis meses. Fonte/fotos: Appa